Você conhece os carros com tecnologia Mild Hybrid (ou híbrido leve)? São veículos alimentados por um gerador de 48 volts que permite a redução de consumo de combustível ao aproveitar a energia cinéticagerada nas freadas (processo de frenagem).
Sistema de recuperação de energia
Cabe agora apresentar o mecanismo de funcionamento das unidades motrizes de veículos desse tipo, cujos principais cavalos de potência continuam sendo gerados sob responsabilidade do motor a combustão, que é alimentado pelos combustíveis convencionais, como gasolina e etanol.
Esses motores possuem um sistema de recuperação de energia, que funciona da seguinte forma: ao frear o veículo, a energia cinética gerada é enviada para a bateria de íons de lítio, de 48 volts, a qual trabalha em conjunto com um superalternador para aliviar a carga de trabalho do motor a combustão, que aproveita a energia recuperada para comunicar a potência às rodadas. Repare bem: o componente elétrico não entrega cavalos a mais de potência, mas o sistema de recuperação de energia permite que o processo de geração de torque e potência para o carro seja otimizado, diminuindo a carga depositada no motor a combustão, gerando de 15 a 20 cavalos de potência, os quais substituem cavalos que seriam gerados pelo motor a combustão. Daí que vem a noção de “alívio”..
Redução da emissão de gases poluentes
Seja nos carros elétricos, híbridos (componentes a combustão e elétricos coexistindo) e híbridos leves (ou meio híbridos, como no caso da tecnologia Mild Hýbrid), um dos principais motivos para o desenvolvimento dessas tecnologias é a redução da emissão de gases poluentes, que continuam sendo uma marca dos combustíveis mesmo com a profunda melhora destes produtos. A tendência para o presente e o futuro é abarcar cada vez mais tecnologias elétricas para os veículos, até chegarmos ao ponto de reabastecermos os carros como se fossem celulares (grosso modo, é claro), como já ocorre em alguns modelos, principalmente na Europa e na China.
Estima-se que sistema Mild Hybrid reduza em 8g (oito gramas) a emissão de gás carbônico (CO2) por km rodado.
Economia no consumo de combustível
Outro motivo bastante legal para a expansão de tecnologias ligadas aos híbridos leves é o consumo no combustível. Devido ao sistema de aproveitamento da energia cinética gerada nas frenagens, a qual, como vimos, é armazenada nas baterias de íons de lítio, que pesam cerca de 15 kg, e posteriormente repassadas no processo de reaceleração ou manutenção de velocidade, há obviamente economia no consumo de combustível, cuja queima (energia térmica) propicia a movimentação do veículo.
Estima-se que a economia seja de 6 a 10% em relação aos motores 100% a combustão.
Contribuição para o desempenho
Além da redução de emissões e economia de combustível, a tecnologia Mild Hybrid também contribuiu para o desempenho do veículo, justamente devido ao supracitado mecanismo de recuperação de energia. Ao aliviar o trabalho do motor a combustão, a bateria de íons de lítio pode entregar até 20 cavalos para o veículo, que ainda é bem pouco, mas contribuiu para o desempenho ao “desonerar” o propulsor a combustão.
Outra vantagem dos híbridos leves, é claro, é o seu menor custo em comparação com os Full Hybrid ou, ainda mais, se compararmos com os carros elétricos.
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