O sistema de freios é projetado para proporcionar o máximo de rendimento com um mínimo de manutenção. Uma frenagem segura, sob várias condições de tráfego, depende da boa manutenção e ajuste do sistema de freios.
Por estar intensamente sujeito a esforços e altas temperaturas,há um desgaste natural do sistema de freios. Apesar dos componentes deste sistema serem rigorosamente projetados e fabricados.
Estes desgastes serão compensados por dispositivos automáticos de ajustagem incorporados ao sistema de freio pelo fabricante. Entretanto,após determinado tempo, se faz necessária a substituição de certos componentes.
Dicas:
Substitua os discos de freio quando atingirem a espessura mínima;
Na troca de pastilhas sempre substitua ou retifique os discos de freio;
A espessura dos discos de freio do mesmo eixo deve ser igual;
Troque sempre os discos de freio e as pastilhas de freio do mesmo eixo;
Lave os discos de freio com desengraxante antes de ser montado no veículo;
Limpe as faces de contato entre o disco de freio e o cubo. Com uma lixa retire todas as oxidações e rebarbas da face de encosto do cubo;
Evite contaminar a superfície dos discos e das pastilhas de freio durante o manuseio.
O disco de freio suporta, durante as frenagens, altas temperaturas e esforços mecânicos extremos. O uso de discos de freio com espessura abaixo da mínima especificada pelo fabricante poderá ocasionar sérios problemas, como:
Maior possibilidade de superaquecimento dos freios devido à menor quantidade de material;
Menor resistência mecânica da peça, podendo ocorrer empenamento, trincas ou até mesmo a quebra total do disco de freio;
Travamento do êmbolo da pinça de freio.
Atenção:
O aparecimento de vibrações no veículo durante as frenagens não está relacionado somente aos discos de freio, há outras causas que contribuem para o problema da vibração.
Após montado no veículo, a oscilação máxima (empenamento) permitida no conjunto disco/cubo/rolamento não deve exceder aos seguintes valores:
Automóveis: 0,10mm – Pick-Up (A/C/D – 10/20, F-1000, F-4000, etc): 0.13mm
Fixe o disco de freio ao cubo (com os próprios parafusos da roda) e encoste a ponta de contato do relógio comparador 5mm abaixo da borda do disco de freio. Gire-o devagar e faça a leitura.
A folga axial nos rolamentos das rodas não deve exceder a 0,054mm, caso contrário substitua-os ou faça o ajuste necessário. Para medir a folga axial nos rolamentos de roda, empurre o cubo para trás, encoste a ponta de contato do relógio comparador no centro da face do cubo, puxe-o para frente e faça a leitura.
A oscilação lateral (empenamento) do cubo não deve exceder a 0,05mm. Para medir a oscilação lateral (empenamento) do cubo, encoste a ponta de contato do relógio comparador próximo a sua borda. Gire-o e faça a leitura.
Aplicação ou montagem incorreta dos rolamentos;
Impurezas na face de encosto do disco e cubo;
Desbalanceamento das rodas;
Problemas na suspensão;
Freio traseiro com tambor ovalizado.
Se algum dos itens citados estiver fora do especificado, não será concedida a garantia do disco de freio. Observação: logo após ter sido feita a troca dos discos e pastilhas de freio, tem-se pouca eficiência do sistema de freio; isto é considerado normal pois, apesar das peças serem novas, não se tem o contato total entre as faces de frenagem (assentamento).
Esta condição de trabalho contribui para o superaquecimento do sistema de freio, por este motivo é recomendado que nos primeiros 500 km rodados não sejam utilizados os freios os freios de forma brusca (exceto em caso de emergência), pois pode-se provocar o azulamento dos discos de freio devido ao excesso de temperatura, o que poderá vir a anular a garantia do disco de freio.
Com a utilização normal os freios vão se recuperando gradativamente até atingirem a eficiência total (assentamento).