E então a buzina parou de funcionar, ou foi o rádio? Quem sabe, pode ter sido o esguicho do limpador… Mas você sabia que o problema pode ser bem simples de ser resolvido? Nem sempre quando há uma parada inesperada de algum componente de seu carro, o problema é especificamente no funcionamento desta ou daquela peça. Há dentro de todos os veículos uma caixa de fusíveis que protege o sistema elétrico de picos elétricos ou mesmo de mau funcionamento. Ainda pode ocorrer o simples desgaste do fusível, gerando o rompimento do filamento interno, a famosa queima do fusível.
O sistema elétrico é extremamente sensível e funciona por corrente contínua, operando por volta 12 a 14,5 volts. Os aparelhos que utilizam essas tensões são menos suscetíveis a variações e picos energéticos, senão eles queimariam muito facilmente. Nesse momento, atua o fusível inerente ao aparelho. Quando há um problema de ordem elétrica, o primeiro item a queimar é o mais sensível de todos: o fusível. Naturalmente, isso é proposital. Entretanto, é muito importante, para não dizer vital, procurar ajuda em caso de recorrência no problema. Um sistema elétrico em curto, por exemplo, pode oferecer risco à integridade de muitas outras partes do carro, ou dele em um todo, como risco de incêndios.
E os relês, que também estão na caixa de fusíveis, para que servem?
O relê é, por assim dizer, “pau pra toda obra” dentro do sistema elétrico do carro. Quando acionamos a buzina do carro, além de passar pelo fusível que a protege, há mais uma peça dentro desta caixa mágica que exerce um papel interessante. O interruptor que fica junto ao volante e que é acionado pelas mãos do motorista, não daria conta devido à amperagem. Não a faria soar. Assim, é certo chamar o relê, mesmo que grosseiramente, de um liga/desliga automático responsável por esse processo.
Pode-se afirmar que é uma peça preparada para trabalhar com a carga exata da peça que ela opera. Por exemplo, ao acionarmos o ar-condicionado, o relê do carro é quem dá a partida elétrica no compressor, já que aquele pequeno botão do painel jamais teria capacidade de realizar. É uma ponte das mais firmes e que, quando queima, deixa o motorista em apuros. Assim como outros setores do carro como troca de óleo do motor, troca de pneus no tempo certo, é muito importante realizar a troca de relê sempre que ele der o menor sinal de intermitência.
Faça revisões elétricas, evite complicações
Quando há uma abrupta parada em alguma peça e isso acontece de forma recorrente, algo normal não pode estar ocorrendo. Por exemplo, quando alguma lâmpada automotiva queima diversas vezes, naturalmente a culpa não é da lâmpada. Esse é um problema comum, mas existem outros de ordem elétrica que geram muito desconforto e até algum perigo se não consertados. Quando o chicote, por exemplo, que é o conjunto de fios do sistema elétrico de todo carro, recebe uma carga que deveria ser absorvida por intermediários (relês e fusíveis), algo de errado está ocorrendo. E esse erro pode ser perigoso, devido ao risco de incêndio.
Isso pode ocorrer quando colocamos um fusível além do necessário. Para entender o que é isso é importante saber que ele tem diferentes tamanhos de filamentos, ou seja, suportam cargas diferentes. Portanto, se o aparelho em questão exige fusível de 30A e é colocado um de 50A o risco de que, sob uma tensão forte, esse fusível mantenha-se íntegro é gigantesca, transferindo esse problema a outras partes, como o chicote geral. Ai é que mora o perigo. Não deixe de fazer revisões periódicas, não se descuide da parte elétrica de seu carro!