Uma das principais preocupações de um comprador de automóvel é em relação ao motor. Essa é, aliás, uma das maiores características citadas por vendedores e fabricantes na hora da venda. A principal pergunta que é feita na hora da compra é: qual a potência desse motor 1.0, 1.4, 1.8? Na verdade, relacionar a palavra potência à capacidade volumétrica é um tanto quanto cultural, mas bastante equivocada, se o embasamento da afirmação não desconsiderar diferentes possibilidades ao qual o mecanismo pode ser submetido.
Existem diversos fatores que influenciam na potência final de um motor. Essa numeração que nos é passada está até ligada a desempenho e tem uma razão de ser. Só que, quando dizemos, por exemplo, que determinado carro tem motor 1.0, podemos afirmar que este propulsor tem a capacidade volumétrica de 1 litro por cilindrada. Ou seja, cada ciclo completo, pode deslocar 1 litro de combustível por mistura com o ar. Com essa certeza e um motor de quatro cilindros, é possível afirmar que cada um tem 250ml de capacidade, pouco menos que uma lata de refrigerante.
Qual a ligação entre cilindrada e potência? Por que atrelar essas duas situações pode ser erro?
Quando falamos de potência, é normal falar “meu carro anda bem, é 2.0”. Isso se dá com alguma verdade por conta da capacidade de admissão de combustível dentro dos cilindros. Quanto maior a capacidade de admitir combustível e ar dentro de um espaço, maior será a explosão, aumentando a força do deslocamento do pistão. Da mesma forma, um motor 1.0 tem a metade da capacidade para gerar esse movimento. Vale lembrar que o custo de manutenção também é reduzido.
Entretanto, se elementos forem adicionados a esse processo, tudo pode ser diferente. Mas do que exatamente falo? Entenda, antigamente, com carburadores fazendo a injeção de combustível, havia, nesse processo, uma menor eficiência em relação à injeção eletrônica, que procura de forma mais inteligente, aproveitar o ar-combustível na queima. Da mesma forma acontece se, por exemplo, for adicionado ao processo um aparelho que melhore a tomada de ar no motor. Chama-se turbina.
O grande objetivo desta peça, ainda cara no país, é comprimir o ar fazendo com que seja admitida uma porção muito maior dele na queima, aperfeiçoando o processo, aumentando a potência. Ela pode ser uma boa solução para tornar motores flex menos gastões e a principal solução de falta de desempenho dos motores 1.0. Essa reclamação, entretanto, é como já podemos ver relativa. Sem qualquer suporte, o motor com maior capacidade será mais potente.
Entre outros relativismos, a economia dos motores de menor capacidade é duvidosa
Outro importante fator a ser apresentado e discutido é em relação à economia de combustível. É muito normal a comercialização de carros com motores menores afirmando menor gasto de combustível. Agora, lhes apresento um argumento que pode fazer pensar: a 100km/h um motor 1.0 está muito perto de seu limite de giros e de sua capacidade volumétrica, enquanto um motor 1.4 pode fazer o mesmo desempenho, ou seja, os mesmo 100km/h com menos giros, trabalhando com certa folga, gastando menos combustível.
Os propulsores mais fracos são considerados urbanos. Eles atendem bem às necessidades do seu usuário em locais onde não há necessidade de se desenvolver altas velocidades constantes. Se o motorista for do tipo que pega estrada e leva o carro constantemente a velocidades que precisem de constância e giro, um motor maior, certamente, vai lhe atender com maior precisão. Faça a escolha certa. Pesquise antes de comprar seu carro!