Terminada a sua 28ª edição, o Salão do Automóvel de São Paulo pode comemorar avanços, embora haja retração no mercado automotivo brasileiro. O número de visitantes em 11 dias de evento foi de 756.114, 5.831 a mais que a edição anterior, em 2012, que registrou 750.283 participantes.
O número de carros em exposição também aumentou. De 505 na edição de 2012, passou para 547 veículos em 2014. Por causa do Salão, estima-se que cerca de 282 milhões de reais tenham sido movimentados na cidade de São Paulo.
Em relação aos veículos, se há dois anos o destaque foram os lançamentos do tipo Hatch, agora a sensação foram os utilitários esportivos – SUVs. A previsão é de que comecem a ser comercializados no próximo ano, com produção nacional.
Montadoras chinesas aumentam sua participação
Outro destaque foi a participação das montadoras chinesas, que vem registrando sucessivas quedas nas vendas desde 2010. O decréscimo foi causado diretamente por ajustes do governo nas taxas de importação, que visavam justamente frear a importação de veículos chineses, privilegiando a indústria nacional. A Chery, primeira montadora das China a ter fábrica no Brasil, na cidade paulista de Jacareí, espera em breve reverter esse quadro. No geral, as marcas chinesas tem sido percebidas com mais confiança pelos consumidores brasileiros, segundo os presidentes das principais montadoras presentes no mercado.
Os ajustes nas taxas feitas pelo governo aumentaram em 30 pontos o valor do IPI. Além disso, foi criado o Inovar-Auto, um programa de regulação cujo objetivo é incentivar a produção interna, em detrimento da importação de veículos. Foi estabelecido um teto de importação, com limite de 4.800 carros por ano trazidos de fora.
Uma prova de que as montadoras chinesas estão prestigiadas foi a localização do stand da Chery no Salão. Nesta edição, pela primeira vez uma montadora chinesa foi exposta na área central, ao lado de gigante como GM, Ford e Volkswagen.