Não restam dúvidas de que o câmbio é um dos componentes mais exigidos do veículo. A troca gradual de marchas é responsável por transmitir a potência e torque do motor, multiplicando a força gerada pela unidade motriz. É por isso que o sistema de troca de marchas do veículo é também chamado de sistema de transmissão, de acordo com as necessidades do veículo naquele momento. A transmissão pode ser manual ou automática. Sendo um componente tão importante, é essencial ficar de olho em sinais de problemas no câmbio, os quais são bem característicos.
Como funciona o sistema de transmissão do veículo?>/h2>
Antes de apresentar efetivamente os sinais, será bastante útil falar brevemente sobre o próprio mecanismo de funcionamento do sistema de transmissão. A embreagem consiste em dois discos que são pressionados um contra o outro, sendo um conectado ao motor e o outro aos componentes que transmitem o movimento ao carro. Ao acionar o pedal de embreagem, esses discos são separados, permitindo a troca de marchas sem maior resistência. Nos carros com câmbio automático, a embreagem é substituída pelo conversor de torque, também conhecido como embreagem hidráulica.
A caixa de câmbio em si contém o conjunto de engrenagens ou polias responsáveis por acionar as diferentes marchas do veículo. O câmbio regula a relação entre velocidade e torque (grosso modo, responsável pela força do veículo, sendo bastante importante, portanto, nas marchas iniciais), ambos gerados pelo motor e que possuem uma configuração para cada marcha do veículo. Além disso, o câmbio consegue alterar o sentido da rotação do motor, por meio do acionamento da marcha a ré.
Sinais de problemas no câmbio
Quando falamos simplificadamente de câmbio, portanto, estamos nos referindo ao sistema de transmissão de forma geral, e alguns dos principais sinais de problema são sentidos na própria caixa de câmbio. Apresentamos a seguir alguns desses “sintomas”, afinal o carro neste sentido é similar ao corpo humano quando está doente: emite uma série de sinais para “avisar”.
as marchas não encaixam adequadamente, desengatando com frequência, mesmo saindo do ponto morto: pode ser um sinal de nível baixo do fluido de embreagem ou alteração de sua viscosidade, além de problemas mais graves, como danos nos discos de embreagem;
cheiro de queimado: sinal bastante típico que muitos condutores conhecem, sendo um claro sintoma de superaquecimento do sistema de transmissão, geralmente devido a níveis baixos do fluido de embreagem ou a resíduos presentes no local;
vibração (a popular “tremedeira”) ao trocar de marcha;
alavanca volta ao ponto morto “sozinha”, isto é, sem comando do motorista: sinal de problemas sérios no veículo e risco de enguiço;
ruído em ponto morto: geralmente oriundo de problemas nos discos de embreagem, o que envolveria a troca mecânica dos componentes, ou do já citado nível baixo do fluido de embreagem;
indicador no painel do veículo de problemas no motor também é acionado em caso de problemas no sistema de transmissão;
e muitos outros!
A prevenção é sempre o melhor remédio!
O desgaste desses componentes é natural, mas, quanto antes os problemas forem detectados, menores serão os danos causados ao veículo, maior a segurança para o motorista na condução de seu veículo e, claro, mais eficientes os custos envolvidos no reparo e troca de componentes. Portanto, a principal dica não poderia ser outra: prevenir é sempre melhor do que remediar. Então faça a revisão anual de seu veículo (ou em menor periodicidade, a depender da quilometragem) e a manutenção preventiva dos componentes.
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